Prefeito cassado de Nova Lima volta ao cargo por liminar do TSE

Aline Louise Moreira - Hoje em Dia
08/04/2014 às 17:49.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:01
 (Divulgação/Nova Lima Times)

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O prefeito cassado de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Cássio Magnani Júnior (PT), retornou ao cargo graças a uma liminar concedida pelo TSE. Cassinho e sua vice, Maria de Fátima Monteiro de Aguiar (PT), foram cassados pelo TRE no dia 21 de março. A decisão, movida em segunda instância, foi unânime e entendeu que houve abuso de poder político, por parte do ex-prefeito Carlos Roberto Rodrigues (PT), em favor da candidatura de Cássio nas eleições de 2012. O presidente da Câmara Municipal de Nova Lima Nélio Aurélio (PMDB) ficou apenas uma semana como prefeito interino da cidade.

O retorno de Cassinho foi acompanhado por dezenas de populares, que manifestaram apoio ao petista na porta da prefeitura. Ao reassumir, Cassinho admitiu que deve enfrentar agora uma batalha judicial para se manter no posto. Já está na pauta do TRE o julgamento de embargos de declaração que podem mudar novamente os rumos da história. A liminar que reconduziu o petista ao cargo também deve ser submetida ao plenário do TSE. É nessa decisão, vinda de Brasília, que Cassinho deposita as fichas para se manter no cargo.

“Brasília fez uma justiça que Minas Gerais não fez, mas nós temos que nos conter porque isso é só uma etapa pequena, muitas outras lutas judiciais ainda existem. Essa primeira decisão nos assegurou permanecer até o julgamento dos embargos. Agora vocês pasmem, tão logo saiu a decisão em Brasília, o TRE já colocou os embargos em votação. Aqui as coisas funcionam assim, infelizmente. Então, nós estamos travando uma outra luta, confiamos em Brasília, nas pessoas que são integras, imparciais, para julgar e nós ficarmos até o final do recurso”, disse em discurso na porta da prefeitura.

Já seu adversário político, segundo colocado nas eleições, Vitor Penido (DEM), que assumiria a prefeitura na quinta-feira, dia 10, disse que a decisão liminar já era esperada e que foi apenas uma manobra para protelar sua posse. “Com certeza eu vou tomar posse, depois de uma decisão num tribunal por seis a zero, com certeza isso vai acontecer. Nossa justiça tem mecanismo de adiar as decisões. É apenas protelação”, destacou.

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