Prefeitos mineiros não confirmam presença e "Marcha a Brasília" pode sofrer debandada

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
07/07/2013 às 07:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:50

Uma das principais mobilizações de prefeitos no país, a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que começa nesta segunda-feira (8), sob a organização da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) ficará esvaziada, no que depender de lideranças mineiras.    Em levantamento feito pelo Hoje em Dia junto às principais associações de prefeitos e vereadores em Minas Gerais – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba (Amvap), Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig) e Associação Mineira de Câmaras Municipais (Amicam) –, até a última sexta-feira, apenas o presidente da Amig, Celso Cota (PSDB), que é prefeito de Mariana, havia confirmado presença na marcha.    Apesar de contar com a presença de “estrelas” do PT e do PMDB, como a presidente Dilma Rousseff (PT) e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL) e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), o encontro da CNM desmotiva gestores tanto da base quanto da oposição ao governo federal, que, em meio a manifestações em todo o país por melhoria da qualidade dos serviços públicos, estão com receio de sair de seus municípios.    Crise   Políticos ouvidos também afirmam que “não se sentem representados” pela CNM. De acordo com o prefeito de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Gilmar Machado (PT), também prefeito da Amvap, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, “não tem que mandar”, por não conhecer a realidade enfrentada por um prefeito.   “Quando a Confederação for dirigida por prefeitos, aí eu vou participar. Ela é presidida por quem não tem que estar lá. Não pretendo participar”, afirma o petista. Ziulkoski, no entanto, já foi o chefe do Executivo de Mariana Pimentel (RS). Advogado, está à frente da Confederação desde 2012.    O prefeito de Mariana, Celso Cota (PSDB), presença confirmada na marcha a Brasília, acredita no apoio da CNM para “discutir o papel do município” no contexto das manifestações que ocorrem nas principais cidades brasileiras. “Temos que discutir a situação das cidades, como elas podem ser mais eficientes, mas é claro que tem que tratar também de onde a União vai tirar recursos para saúde e educação”, disse.    Ex-prefeito de Congonhas, Anderson Cabido (PT) diz que a desmotivação de prefeitos da Região Central do Estado é “antiga” e reflete a “partidarização” da marcha. “Tem acontecido há alguns anos, pela insatisfação com a falta de disposição da CNM para o diálogo e por ela ter adotado uma linha ruim de confronto com o governo”, destaca Cabido.    Leia mais nahttp://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/login/93

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