Presidente Dilma acusa antecessores de não investirem em mobilidade

Bernardo Caram, Erich Decat e Rafael Moraes Moura
13/03/2014 às 13:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:36
 (Antonio Cruz)

(Antonio Cruz)

Em cerimônia de anúncio de investimentos do PAC Mobilidade Urbana no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira (13), que há três anos o governo federal começou a construir parceria com Estados e municípios no sentido de melhorar o deslocamento da população. Dilma também fez críticas ao governos anteriores ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizendo que, "nos anos 1980 e 1990, houve convicção no Brasil de que não tínhamos no Brasil por que fazer transporte sobre trilho nem integrar os diferentes meios de transporte urbano".

"Há três anos, começamos a construir uma parceria com os Estados e com os municípios, uma parceria para selecionar investimentos em mobilidade urbana. As obras são identificadas por governadores e prefeitos, porque quem conhece a realidade e a demanda das regiões de cada um dos municípios e Estados são eles. Para execução dessas obras, a nossa parceria implica em que o governo federal coloque recursos do orçamento federal e financie. Essa é uma parceria importante porque, até então, o governo federal não se julgava responsável por fazer obras de mobilidade urbana", afirmou Dilma.

De acordo com a presidente, os investimentos do governo federal em mobilidade urbana remontam ao segundo mandato do governo Lula, em 2009. "Começam no governo do presidente Lula em 2009 as primeiras obras nesse sentido", destacou Dilma Rousseff. "O meu governo considerou que era fundamental o governo federal participar ativamente dessas obras. As obras deveriam resultar numa rede de transporte coletivo de alta capacidade, obras que propiciassem não só segurança, mas rapidez, buscassem integração."

Primeiro a falar na cerimônia, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, anunciou que os Estados de Goiás, do Mato Grosso do Sul, Maranhão, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Tocantins e o Distrito Federal deverão receber um total de R$ 3,8 bilhões do PAC Mobilidade Urbana.

"Um país como o Brasil, com megacidades crescendo, pequenas cidades se transformando em médias cidades, teve política de investimento em mobilidade urbana aquém do que precisava, do seu tamanho, da necessidade do seu povo", criticou a presidente Dilma.

Dilma destacou que o volume de R$ 143 bilhões de investimentos previstos no PAC Mobilidade Urbana são importantes, porque há uma parte expressiva em metrôs e monotrilhos. As obras, disse a presidente, deverão integrar os diferentes modais, possibilitando que sejam cobradas "tarifas justas" da população.
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