(Fernando Frazão/Agênci Brasil)
A Secretaria de Comunicação da Presidência da república divulgou nesta terça-feira, 27, as cartas de demissão de Ricardo Barros (Saúde) e Paulo Rabello de Castro (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES), que foram entregues hoje ao presidente Michel Temer. Segundo o Planalto, os nomes dos substitutos "ainda não foram definidos".
Barros havia informado nesta tarde, depois de sua última cerimônia como ministro, que o documento já tinha sido entregue a Temer. Na curta carta, o ministro, que vai disputar mais uma vaga na Câmara pelo PP, disse que agradecia a honra de ter comandado a pasta e também ao "apoio incondicional" do presidente. "Foi uma condição essencial para os resultados alcançados", escreveu Barros, solicitando sua exoneração.
BNDES
Já Paulo Rabello, em um documento de duas páginas, destacou sua passagem também pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disse que comandar as duas instituições no governo Temer foram "experiências extraordinárias".
"O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo", escreveu. "Penso em me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e apoio", completou Rabello, que pretende se candidatar à Presidência da República pelo PSC.
Temer recebeu pessoalmente Rabello hoje no Planalto às 13h30. O encontro foi incluído nesta tarde na agenda oficial.
Na carta de demissão, Rabello listou algumas ações à frente do IBGE, como o Censo Agro, e, no banco de fomento, como o lançamento do BNDES Giro. "O BNDES se prepara para lançar agora o seu bando digital, destinado a levar o Cartão BNDES direto ao empreendedor com taxa de juro sem intermediação financeira", escreveu.
Rabello cita ainda o documento Ponte para o Futuro, do MDB, e afirmou que "com uma ponta de orgulho" entregou as duas instituições "muito bem equipadas, prontas a contribuir de modo decisivo para a transformação da economia e da sociedade brasileira, algo sonhado no seu Ponte para o Futuro", disse.
O nome do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, é um dos cotados para assumir o lugar de Rabello.
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