Um grupo de 19 de trabalhadores de carvoarias de São Paulo foi resgatado nesta terça-feira durante operação da Polícia Rodoviária Federal, após ser constatado que trabalhavam em condições análogas à da escravidão. Na mesma ação foram afastados 7 adolescentes, cuja mão de obra era utilizada em desacordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Denominada Gato Preto, a operação mobilizou 90 policiais e também envolveu agentes do Ministério do Trabalho, Advocacia-Geral da União (AGU), Ministério Público Estadual e Instituto Florestal.
A ação abrangeu os municípios de Joanópolis, Piracaia e Pedra Bela, a uma distância média de cem quilômetros da capital. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária, foram identificadas carvoarias e empacotadoras de carvão com "adultos trabalhando sob condições insalubres e sem o uso de equipamentos de proteção individual, em condições análogas à escravidão".
No município de Piracaia, o que chamou a atenção foi a instalação de carvoarias próximas ao gasoduto Brasil-Bolívia, a poucos metros da área onde passa o duto. Ignoravam completamente placas que alertam para a proibição de escavar e acender fogueiras no local.
De acordo com as autoridades que participaram da operação, as carvoarias vem intensificando suas atividades em decorrência do aumento, nos últimos meses, do preço do carvão vegetal para fins domésticos.
No total foram interditadas seis carvoarias.
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