BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu prazo de 20 dias para o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) se manifestar sobre as acusações enviadas pelo Ministério Público Estadual de São Paulo que o envolvem com suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos. Segundo Gurgel, enquanto o deputado não apresentar suas colocações, a análise do material ficará suspensa.
"Vou aguardar esta manifestação antes de qualquer encaminhamento do STF", afirmou.
A Folha de S.Paulo revelou no mês passado que promotoria paulista abriu 11 inquéritos para investigar o deputado com base nas acusações do analista de sistemas Roberto Grobman, que afirma ter sido assessor do peemedebista na época em que foi secretário de Educação de São Paulo (2002-2006). O deputado nega irregularidades em sua gestão.
Como é deputado, Chalita tem foro privilegiado e a parte criminal da denúncia precisa ser investigada pelo Ministério Público Federal.
Gurgel disse que ainda não é possível avaliar os indícios. "Isso faz parte da apuração que continua sendo feita e será confrontado com as alegações que serão formuladas pelo parlamentar."