Projeto malfeito deixa obra de hospital em Sete Lagoas R$ 32 mi mais cara

Atrasos no cronograma e falhas técnicas no projeto para a construção do Hospital Regional Doutor Márcio Paulino, em Sete Lagoas, na região Central, poderão encarecer as obras em até R$ 32 milhões e adiar a entrega em pelo menos um ano.  “Estamos em uma hora providencial. Já foram executados R$ 35 milhões da obra, orçada inicialmente em R$ 47 milhões. Deve subir agora para R$ 80 milhões, mas poderá ser entregue até 2014”, afirma o prefeito e ex-deputado federal Márcio Reinaldo (PP).    O empreendimento está paralisado desde 27 de fevereiro passado, quando venceu o contrato com a empreiteira que executa o projeto. A obra apresenta problemas no sistema de ar condicionado, no cabeamento estruturado do prédio e na parte de sonorização, segundo a assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas.   Modificações    A ordem de serviço foi dada pelo município em junho de 2011, mas as obras só foram iniciadas em novembro daquele ano, após modificações no planejamento, que provocaram cinco meses de atraso.   De acordo com o prefeito, o modelo do projeto do hospital foi cedido pela Prefeitura de Juiz de Fora, em 2011. Depois de levantamento prévio da secretaria de Obras de Sete Lagoas, foi detectado que deverão ser feitas mais de cem adequações no projeto original.    “Seguir do jeito que está vai dar dor de cabeça. Como as obras do hospital em Juiz de Fora também deram problema, nós chamamos um especialista em engenharia hospitalar de Uberlândia para fazer uma análise criteriosa”, afirma o prefeito.    Márcio Reinaldo nega que tenha havido negligência por parte da gestão do ex-prefeito de Sete Lagoas Mário Márcio Campolina (PSDB) em relação à licitação e ao planejamento do hospital. “Acredito que tenha sido uma inexperiência da administração passada”, assinala .