Proposta iniciou tramitação no ano passado e será analisada em 2º turno em plenário pelos parlamentares
De acordo com o PL, histórias bíblicas utilizadas deverão auxiliar projetos escolares de ensino (Karoline Barreto / CMBH)
Deve ser votado nesta terça-feira (8) o Projeto de Lei que prevê a utilização da Bíblia como material didático nas escolas públicas e particulares de Belo Horizonte. A proposta prevê que a utilização da bíblia deve permitir a “disseminação cultural, histórica, geográfica e arqueológica de seu conteúdo”.
Ainda de acordo com o texto, nenhum aluno poderá ser obrigado a participar das atividades relacionadas, sendo garantida a liberdade religiosa.
De autoria da vereadora Flávia Borja (DC), a proposta iniciou a tramitação na Câmara Municipal no ano passado e será analisada em segundo turno pelos parlamentares. O quórum para aprovação do projeto é da maioria dos presentes.
Durante o processo na Casa Legislativa, o PL recebeu diversas emendas vindas das comissões temáticas e de parlamentares. Dentre as propostas de alterações apresentadas estão a restrição da Bíblia às escolas confessionais; que o uso seja direcionado para as atividades extracurriculares e que textos de outras religiões sejam incluídos na leitura paradidática.
Segundo Flávia Borja, além de um livro cristão, a Bíblia é um livro histórico com descrições precisas de um tempo longínquo e rico em história, cultura, filosofia, arqueologia e ensinamentos de muito valor, “razão pela qual será muito proveitoso que nossas crianças tenham contato com esse tipo de conteúdo”.
De acordo com o projeto de lei, as histórias bíblicas utilizadas deverão auxiliar os projetos escolares de ensino correlatos nas áreas de história, literatura, ensino religioso, artes e filosofia, bem como outras atividades pedagógicas complementares pertinentes.