SÃO PAULO - O Ministério Público negociou delação premiada na tarde de quinta-feira (31) com Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, um dos quatro servidores da Prefeitura de São Paulo presos na quarta-feira (30) sob suspeita de cobrança de propina, para que ele dê mais detalhes do esquema. Segundo o promotor Roberto Bodini, o grupo movimentava entre R$ 240 mil e R$ 280 mil por semana. Cada um dos participantes do grupo faturava, em média, R$ 60 mil por semana há pelo menos quatro anos. Sem dar detalhes, o promotor disse que Magalhães confirmou a participação dele e dos colegas no esquema e o uso da sua empresa para receber dinheiro. Magalhães prestou depoimento no 4º Distrito Policial, na Consolação, ontem e hoje. O advogado dele, Mário Ricca, confirmou que o benefício foi oferecido ao seu cliente, mas não confirmou se foi aceito. Sobre a afirmação do promotor, de que Magalhães confirmou o recebimento de propina, o defensor disse nega. "Nada foi confirmado ainda", declarou. "Você tem que perguntar isso pra ele", respondeu ao ser indagado sobre a confirmação do promotor. Ele negou ainda que o Porsche apreendido, encontrado na casa de Magalhães, seja de seu cliente, embora ele o usasse algumas vezes. Segundo o advogado, o carro não pertence a nenhum dos outros três investigados pelo esquema, mas desconhece o proprietário.