Os organizadores do protesto a favor do governo da presidente Dilma Rousseff na capital gaúcha afirmaram que 80 mil pessoas participaram do ato nesta quinta-feira. Para a Brigada Militar, no entanto, o público foi expressivamente menor. De acordo com a estimativa final da polícia, 18 mil pessoas estiveram na mobilização.
O ato começou às 17 horas com uma concentração na Esquina Democrática, histórico reduto de manifestações populares da cidade. Diversas lideranças sociais e políticas discursaram do alto de um carro de som, entre elas o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto. Em uma breve fala, ele pediu que os militantes convençam os deputados a votar contra o processo de impeachment da presidente que tramita na Câmara dos Deputados.
Rossetto também falou sobre o lançamento da fase três do Minha Casa Minha Vida e disse que os "golpistas" vão acabar com o programa, uma das principais bandeiras da administração petista.
Assim como nos outros Estados brasileiros, a defesa do mandato de Dilma foi o mote central do protesto, organizado por grupos sindicais e sociais ligados ao PT. Os cartazes e os gritos dos manifestantes no chão reforçavam o discurso das lideranças que subiam no carro de som. As principais críticas se dirigiram ao processo de impeachment. "Não vai ter golpe" foi a frase mais entoada pelos participantes. Também houve críticas ao vice-presidente da República, Michel Temer, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Em vários momento, os manifestantes cantaram: "O Cunha, pode esperar a tua hora vai chegar".
O protesto transcorreu de forma pacífica. Depois do discurso de Rossetto, pouco depois das 20 horas, a multidão deixou a concentração e fez uma passeata saindo da Avenida Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, na zona central da cidade. Lá, a mobilização segue no decorrer da noite, com apresentações culturais.