PSB e PT trabalham para fechar aliança em Minas

Amália Goulart - Hoje em Dia
25/01/2014 às 11:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:35
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

O PSB em Minas Gerais abriu diálogo com o PT para a formação de uma possível aliança no Estado. A conversa incluiu espaço na chapa proporcional ou majoritária e um palanque duplo que possa receber a candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff (PT), e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), adversário da petista no plano nacional. A informação sobre a negociação, até então inusitada, é do presidente estadual do PSB, deputado federal Júlio Delgado.

Delgado disse que teve um encontro, na última sexta-feira (25), em Juiz de Fora, com o presidente do PT mineiro, deputado Odair Cunha, e que combinaram uma reunião para a próxima semana. “Ele disse que tem espaço para nós na chapa. Podemos dividir o palanque com Dilma da mesma forma que dividiríamos com Aécio (Neves). No Espírito Santo isso vai acontecer”, afirmou.

A declaração vem em meio ao mal-estar provocado por uma ala mineira da Rede Sustentabilidade que divulgou nota dizendo não apoiar aliança com o PSDB do senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República. A Rede, legenda que deve ser criada pela ex-senadora Marina Silva, desautorizou o grupo um dia após a divulgação da nota.

Delgado ainda contradiz o prefeito Marcio Lacerda (PSB) que disse que o partido não lançará candidato em Minas contra o PSDB de Aécio. Os tucanos terão como candidato ao governo de Minas o ex-prefeito Pimenta da Veiga. Ele dará palanque para a empreitada nacional do senador. Já o PT tem o ministro Fernando Pimentel como cabeça de chapa ao Palácio Tiradentes. A vice está sendo negociada com o PMDB.

Aécio e Campos tentam formatar acordos regionais pelos Estados em candidaturas únicas para darem palanques a ambos. Porém, existem atritos em alguns redutos.

“Vamos conversar com quem tiver que conversar. Em política, não se fecha a porta. Vamos deixá-la aberta”, afirmou Delgado. Segundo ele, a definição da legenda em Minas será tomada de forma a privilegiar um palanque para abrigar Campos e sua possível vice, Marina Silva

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