(Cristiano Machado)
Em sua primeira disputa estadual, o PSD prepara-se para lançar de 10 a 12 candidatos próprios em 2014, em todo o país. Em Minas Gerais, no entanto, a tendência é que a sigla apoie os “candidatos de outros partidos”, segundo o presidente do PSD no Estado, Paulo Safady Simão. Se no Estado ainda o cenário ainda é de indefinição, no plano nacional, o presidente da legenda e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab já declarou que o PSD deverá estar no palanque da presidente Dilma Rousseff (PT), apesar da recusa a cargos no governo, até agora. Nesse caso, há uma possibilidade de o comando mineiro do PSD apoiar um nome indicado pelo PT, ou seja, o do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Rachado, parte do PSD mineiro integra o grupo aliado do governador Antonio Anastasia (PSD) e mantém boa relação com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que vem se recusando a se colocar como nome para o governo em 2014.
“Já tivemos reunião com a Executiva nacional e alguns estados estão lançando nomes, mas é possível que nós não lancemos ninguém. Poderemos estar junto a outra legenda, mas isso ainda vai ser definido”, conta Paulo Safady. A previsão é a de que a reunião do PSD mineiro seja feita no início de abril. Para integrar a base aliada de Dilma, o PSD chegou a ser cotado para o Ministério de Aviação Civil e a Secretaria da Micro e Pequena Empresas, que ainda não foi criado. Propostas O nome cotado para comandar a primeira pasta foi o do próprio Paulo Safady. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), ficaria com a outra secretaria. No entanto, Kassab rejeitou as propostas no dia 14 de março, alegando que “não faria sentido”, sendo que o partido foi criado para reunir dissidentes de várias legendas, na maioria oriundos da oposição. Para Paulo Safady, a decisão do partido de não aceitar o Ministério foi “objetiva”.
“Essa questão está suspensa no momento. Não pleitear uma Pasta foi uma decisão do partido e mesmo assim, tenderemos a apoiar Dilma Rousseff”, afirma.