Preterido na composição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, o PSD do prefeito Gilberto Kassab informou nesta quarta-feira (12) que a relação com o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) "regrediu". O partido estuda até lançar candidatura própria para tentar manter o comando do Legislativo em 2013 - hoje, o presidente é Police Neto (PSD), aliado do atual prefeito.
Líder do PSD na Câmara, o vereador Marco Aurélio Cunha disse também estar incomodado com as críticas que Haddad tem feito ao governo Kassab, com acusações de que "a cidade está parada".
Cunha também lembrou o fato de o petista falar sobre o escândalo que envolveu o ex-assessor Hussein Aref Saab durante o programa Roda Viva, exibido na segunda-feira na TV Cultura. Aref adquiriu 125 imóveis entre 2005 e 2012, período no qual foi o responsável por aprovar os grandes empreendimentos de São Paulo.
Até agora, só o PSD - com oito vereadores - e o PV- com quatro parlamentares - não assinaram o apoio à candidatura de José Américo (PT) à Presidência do Legislativo na eleição que será realizada no dia 1.º de janeiro.
O PSD pleiteava a 1.ª Secretaria, função que controla a pauta da Casa e é responsável pelos contratos de publicidade (R$ 17 milhões) e de comunicação (R$ 11,2 milhões). A vaga, no entanto, pela regra da proporcionalidade, vai ficar com o PSDB, que indicou o vereador Claudinho de Souza para o cargo.
"A regra da proporcionalidade precisa ser respeitada", disse Américo, candidato de Haddad à Presidência. A vaga de 2.º vice-presidente da Mesa Diretora chegou a ser oferecida pelo PT ao vereador Souza Santos (PSD), mas a bancada kassabista rejeitou. "A relação deixou de ser boa (com o PT). Regredimos muito", afirmou Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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