Em nota divulgada nesta terça-feira (23), o PSDB cobrou respeito da presidente Dilma Rousseff "ao cargo exercido e à sua obrigação de preservar a vontade democrática dos eleitores, nesta reta final das eleições municipais".
O texto, assinado pelo presidente em exercício e primeiro vice-presidente da Executiva Nacional da legenda tucana, Alberto Goldman, afirma ainda que "a promessa da presidente de limitar o envolvimento de seus ministros na disputa eleitoral deste ano não resistiu às pressões" do PT. Diz a nota que a atitude da presidente tinha por objetivo "reverter o fraco resultado que se desenhava antes do primeiro turno", a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Dilma não só liberou seus ministros, como ela própria sucumbiu aos pedidos de seu antecessor e mergulhou de cabeça na agenda eleitoral, na tentativa de ajudar aliados. Do primeiro turno para cá, a situação só se agravou. Não satisfeita em colocar cargos federais a serviço das campanhas petistas, como vimos acontecer em São Paulo, a presidente da República decidiu partir para o confronto com a oposição."
O texto cita os comícios que Dilma participou em Salvador, São Paulo, Campinas e Manaus. "Em todos esses eventos, mais do que pedir votos para os candidatos da base aliada, a presidente optou por atacar a oposição. Pior, em atentado à própria Constituição Federal, procurou transmitir a ideia de que apenas os eleitos de sua preferência teriam um tratamento do governo federal à altura das necessidades do povo."
O PT reagiu emitindo nota assinada pelo presidente do partido, Rui Falcão. Diz que a participação de Dilma nos comícios "obedeceu estritamente às normas vigentes, ocorrendo sempre fora do horário de trabalho e com as despesas sob a responsabilidade do PT". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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