BRASÍLIA - Um ano após abrir espaço para a movimentação política que permitiu ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP) comandar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o PT vai retomar a presidência do colegiado. Numa reunião preliminar comandada na manhã desta terça-feira (18) pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficou acertado o retorno do PT, maior bancada da Casa. O entendimento, no entanto, terá que ser referendado pelo colégio de líderes, que se reúne nesta tarde. Para viabilizar o acordo, o PT cedeu mais uma vaga para o PP, que ficou com o comando de Trabalho e Transportes. Nos últimos dias, aumentou a pressão para que a Câmara, em especial o PT, evitasse que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ficasse com a comissão. O PP ameaçava indicar o parlamentar, conhecido pelas posições conservadoras e colecionador de polêmicas com diversos movimentos sociais, para o posto. No ano passado, na escolha das comissões, a de Direitos Humanos ficou com o PSC e foi entregue ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de racista e homofóbico. Os trabalhos da Câmara chegaram a ficar paralisados, houve pressão para que ele abandonasse o posto, mas ele permaneceu e aprovou matérias que vão na contramão do setor.