(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O tesoureiro petista, João Vaccari Neto, afirmou à CPI da Petrobras que o PT não está envolvido no esquema de corrupção que envolve a estatal. "Senhor deputado, não", respondeu o dirigente partidário a questionamento feito pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Ele repetiu que "não são verdadeiras" as declarações que o envolvem feitas nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco.
Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), o petista disse que recebe um salário como dirigente do PT, mas não quis revelar o valor. "Sou remunerado pelo PT, o valor faz parte do sigilo do meu imposto de renda", respondeu.
Vaccari criticou o fato de Côrtes perguntar somente sobre o jeton que recebia como integrante do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Ele já havia dito que esteve no posto, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e janeiro de 2015. "O que me estranha é o seu questionamento sobre o meu vencimento, obrigado", disse, laconicamente.
Antes da uma pausa na sessão da CPI, o tesoureiro rebateu o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que o criticou pessoalmente e disse que testemunha é prova, sim. "Delação não é prova. Eu não aceito as ofensas que o senhor fez à minha pessoa", disse.
http://www.estadao.com.br