PT pressiona pré-candidatura de Pimentel e já faz plano de governo

Enquanto o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), evita falar sobre sua pré-candidatura ao Palácio Tiradentes, em 2014, o PT mineiro já começou a elaborar o plano de governo do petista. A iniciativa partiu da ala Articulação Democrática, ligada ao presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes.

O grupo petista está realizando caravanas pelo Estado e ontem desembarcou na capital, quando foi eleita uma coordenação que terá como meta levantar propostas regionalizadas para o programa de governo de Pimentel. Um documento será elaborado e entregue à equipe do ministro em um encontro estadual do partido, previsto para ser realizado em agosto desse ano agosto desse ano.

Na última sexta-feira, em evento empresarial realizado em Araxá, Triângulo Mineiro, Pimentel se irritou ao ser questionado sobre sua virtual candidatura.

De acordo com ele, comentar as eleições do ano que vem “só vai servir para levar multa da Justiça”. “Eu não posso falar sobre o PT. Não sou pré-candidato, sou ministro da presidente Dilma”, declarou, emendando que só falará sobre o assunto depois do dia 5 de outubro, prazo final dado pela Justiça Eleitoral para os partidos registrarem candidatos.

Outra estratégia do grupo é se manter na direção estadual, já que o mandato de Lopes termina neste ano. Ontem, a ala petista lançou os nomes do deputado estadual Pompílio Canavez e do dirigente Cristiano Silveira para disputar o processo de eleições diretas, que será realizado em novembro.

O mensageiro

O ministro foi escolhido pelo Palácio do Planalto para rebater as críticas dos “pessimistas de plantão”, como são chamados os que criticam a política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). O petista mandou uma mensagem de otimismo para o empresariado brasileiro ao garantir que o Brasil está passando “muito bem pela crise econômica internacional”.

Durante palestra para empresários mineiros, em Araxá, Pimentel comparou o Brasil a uma aeronave em pleno voo e que “não corre risco de cair”.

“A primeira decolagem foi impulsionada com a turbina das commodities, a segunda é a turbina do consumo de massas que começou com Lula na cabine e a terceira é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Agora estamos em busca da turbina dos investimentos privados”. A comparação veio após uma série de críticas feitas por economistas à política econômica de Dilma. Pimentel garantiu que a alta dos juros não chegará a 15%.