O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, abriu, na tarde desta quinta-feira, mais uma sessão de julgamento do processo do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa, relator da ação, retoma nesta tarde a leitura dos votos sobre réus ligados ao PT, acusados pelo crime de lavagem de dinheiro. Joaquim Barbosa segue a análise das condutas imputadas aos ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA) e Professor Luizinho (PT-SP), ao ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e ao ex-chefe de gabinete de Adauto, José Luiz Alves.
O ministro deve ler ainda a parte do voto relacionada à acusação do Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro contra o publicitário Duda Mendonça e a sua sócia, Zilmar Fernandes Silva. Os dois também são acusados de evasão de divisas. Duda foi o marqueteiro da campanha presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa dos publicitários alega que eles receberam dinheiro de forma lícita como pagamento por serviços prestados durante a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Entre outros argumentos, a defesa sustenta ainda que os recursos foram repassados para pagamentos de dívidas de campanha. Essa alegação já foi rebatida pelo tribunal no julgamento de outros réus também acusados de envolvimento com o esquema.
Na sessão de quarta-feira, Barbosa votou pela condenação do ex-deputado federal do PT João Magno (MG) e pela absolvição de Anita Leocádia, à época assessora do ex-deputado Paulo Rocha. Antes, a Corte finalizou o julgamento do chamado núcleo político, que condenou José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
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