(Eduardo Knapp/Folhapress)
O presidente do PT, Rui Falcão, divulgou nesta sexta-feira (2) texto em que destaca que o objetivo do evento é formalizar "solenemente" a indicação de Dilma como pré-candidata à reeleição. O 14º Encontro Nacional do PT acontece no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Falcão também ataca os adversários da presidente nas próximas eleições, critica a mídia e defende a realização de uma reforma política no país. "Faltam seis meses para o dia da eleição. Daqui até lá, não há tarefa mais importante do que obter, nas urnas, um segundo mandato para a companheira Dilma. Um outro mandato ainda melhor que o atual, com novos avanços, novos direitos, novas oportunidades, reformas estruturais urgentes e imprescindíveis", afirma Falcão. Nos últimos dias, o movimento "volta, Lula", que ganhou força com o manifesto de parte da bancada do PR, partido da base do governo, que pediu a substituição de Dilma pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta, Dilma disse que será candidata com ou sem o apoio da base aliada. O presidente do PT diz que o pré-candidato do PSB Eduardo Campos "nunca teve ideias próprias" e "sempre andou a reboque" do programa de desenvolvimento do PT. Segundo o texto, agora Campos tenta deformar as ideias do PT para "torná-las mais palatáveis aos poderosos" e busca "reembalar sua imagem, com tinturas e sabores exóticos". "Cuidado! Porque misturar tapioca com açaí às vezes pode causar indigestão", afirma Falcão, em alusão à aliança de Campos com Marina Silva, da Rede. O líder petista também diz que o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, tem propostas "desatinadas" em seu projeto político, como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei que prevê aumentos automáticos no salário-mínimo. Em relação à mídia, o presidente da legenda afirma que atualmente há uma submissão "ao pensamento único, à manipulação, à distorção, à omissão da informação --práticas correntes do monopólio midiático, que funciona hoje como o principal partido de oposição". Ele prega a necessidade de uma lei para impor regras ao setor. O petista também defende a realização de uma reforma política na qual seja abolido o financiamento privado nas campanhas eleitorais, e seja adotado o sistema de voto em listas elaboradas pelos partidos.