O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que seu adversário do PRB, Celso Russomanno, revelou desconhecimento sobre as finanças municipais durante o debate na RedeTV na noite de segunda-feira, 3, ao ser questionado sobre sua proposta de criar o Bilhete Único Mensal.
"Ele próprio manifestou que não conhecia as finanças da Prefeitura e não poderia se posicionar contra ou a favor (do Bilhete Único Municipal)", disse Haddad, após caminhada de campanha pelo Mercado Municipal de São Paulo.
No primeiro bloco do debate, Haddad tinha direito a fazer uma pergunta a um dos adversários e escolheu Russomanno, questionando por que ele não concordava com sua proposta de Bilhete Único Mensal. Em eventos de campanha, Russomanno havia dito que esse modelo de tarifação seria inviável em função dos custos para o caixa da Prefeitura.
No debate, Russomanno disse que, se a proposta fosse viável, ele seria o primeiro a implementar. "Faço propostas em cima do que é possível. Não podemos fazer propaganda enganosa", disse.
Haddad voltou a afirmar que o modelo de tarifa única para uso ilimitado do transporte público funciona em várias cidades do mundo e disse que sua proposta é viável. "Os técnicos que me cercam hoje são os mesmos que criaram o Bilhete Único da Marta (Suplicy)", disse.
Nesta semana, a equipe de Haddad divulgou um texto à imprensa afirmando que o Bilhete Único Mensal proposto pelo petista custaria R$ 140 por mês, ou R$ 70 para estudantes. A medida implicaria em aumento de R$ 400 milhões de reais por ano no subsídio repassado pela Prefeitura às empresas de ônibus, ou cerca de 1% do Orçamento municipal.
A campanha do candidato tucano, José Serra, veiculou na semana passada uma propaganda de televisão dizendo que o projeto do Bilhete Único Mensal "não tem pé nem cabeça". Os advogados de Haddad acionaram a Justiça Eleitoral, que determinou liminarmente a suspensão do programa.
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