(Pollyanna Dias)
Milhares de santinhos e de panfletos de candidatos a prefeito e a vereador em Belo Horizonte e Betim foram espalhados pelas cidades, formando uma espécie de “tapete de lixo”. É o caso, por exemplo, do Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul da capital, do Bairro Santa Inês, na Região Leste, e do Centro de Betim.
A eleitora Larissa Cafaggi, que mora no bairro Santa Inês, critica a situação. "A sensação de perplexidade foi enorme! A impunidade começa antes da própria eleição. Além disso, fico me perguntando qual eleitor tira um papel em meio aos montes de lixo para escolher seu candidato", diz.
Na avaliação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Antônio Carlos Cruvinel, isso não configura crime de boca de urna. “Não há como evitar a sujeira nas ruas. A propaganda eleitoral longe da sessão, individual e silenciosa é permitida no dia da eleição. Um delas é essa distribuição, essa forma de espalhar o nome do candidato na cidade onde ele se candidatou”, afirmou. De acordo com ele, boca de urna é o “aliciamento de voto nas proximidades da urna, da sessão eleitoral ou a aglomeração de pessoas em prol de um partido ou de uma coligação”, acrescentou o desembargador.