Secretária Luísa Barreto pede desfiliação do PSDB e mostra agravamento da crise entre tucanos e Zema
(Cláudio Cunha/Divulgação)
Os tucanos mineiros perderam uma das suas principais apostas na política. Luísa Barreto, secretária de Planejamento do Estado de Minas Gerais, pediu a desfiliação do PSDB na tarde desta terça-feira (9).
Luísa chegou ao cargo de secretária no governo de Romeu Zema (Novo) em 2021, com as bênçãos do PSDB, na época em que Zema e os tucanos caminhavam juntos na política. Administradora por formação, Luísa Barreto tinha sido a candidata do PSDB à Prefeitura de Belo Horizonte em 2020, eleição vencida por Alexandre Kalil (PSD), e vista como uma das promessas eleitorais entre os quadros jovens do partido.
Em seu pedido de afastamento, Luísa agradeceu ao PSDB, porém destacou que seu momento atual requer reavaliar prioridades e caminhos políticos.
“Apresento esse pedido após reflexão aprofundada sobre a necessidade de um momento de reavaliação do quadro partidário, de observação dos rumos a serem seguidos no cenário político mineiro e brasileiro e também de revisão pessoal das minhas próprias definições relativas ao alinhamento político-partidário”, afirmou em carta de desfiliação.
A desfiliação da secretária faz parte das disputas que envolveram a relação entre o PSDB e o governo de Romeu Zema, que se agravaram no período eleitoral. Luísa Barreto segue o mesmo caminho do deputado Gustavo Valadares, que foi líder do governo Romeu Zema na Assembleia Legislativa até abril desse ano, quando abandonou os tucanos e se filiou ao PMN.
O episódio mais turbulento desta relação foi a tentativa frustrada de indicar o jornalista Eduardo Costa (Cidadania) para ser o vice de Romeu Zema. O PSDB, que faz federeação com o Cidadania, impediu a aliança e desencadeou uma série de acusações trocadas entre as partes e foi concluída com os dois partidos, PSDB e Novo, se lançando em "chapas puras" ao governo estadual.
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