A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recomendou ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que rejeite o pedido de investigação solicitado pelo Psol contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-RN). O argumento do secretário-geral, Mozart Vianna, é que o ofício do Psol é "genérico", não está bem fundamentado e faz juízo de valor sobre as denúncias veiculadas contra o petista. A palavra final será dada por Alves na próxima semana.
A Secretaria diz no documento que será entregue ao presidente da Câmara que o autor do requerimento, o líder do partido Ivan Valente (SP), não observou os requisitos mínimos para a formulação do requerimento de representação. "Para iniciar um processo, a denúncia é frágil. Não tem sustentação, não tem fundamentação", concluiu o secretário.
Hoje, DEM e PSDB anunciaram que vão protocolar uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Vargas no Conselho de Ética da Câmara. Os partidos de oposição alegam que o petista quebrou o decoro e que o uso da aeronave emprestada pelo doleiro Alberto Youssef - preso em uma operação da Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro - configura recebimento de vantagem indevida. Nestes casos, o parlamentar fica sujeito a perda do mandato.
Nesta semana, Vargas foi à tribuna dar explicações aos colegas. Em 10 minutos de discurso, o petista disse que foi "imprudente" e que não sabia das investigações contra o doleiro, com quem mantém amizade há 20 anos.
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