Vereador de Santana do Riacho, na Região Central de Minas, Wagner Marinho (PTB) acumula os postos de líder de governo na Câmara Municipal e de “braço direito” do prefeito, conhecido como André do Posto (PTB). Chamado pelo próprio chefe do Executivo local como assessor “voluntário”, Wagner é apontado como autor de uma manobra para impedir que o suplente dele na Câmara, Júlio Cesar e Silva (PTB), assuma a vaga de vereador e, ao mesmo tempo, preservar seu cargo “não oficializado” na administração municipal.
“Ele não é secretário, ele está me ajudando como voluntário, dando uma força nesse início de mandato, por causa da experiência dele em administração. Ele é vereador”, diz o prefeito.
A influência de Marinho na prefeitura é confirmada pelo suplente do parlamentar, Júlio Cesar. “Tínhamos um acordo de que o Marinho ia deixar a Câmara e ficar só com o trabalho no gabinete do prefeito, mas, agora, ele está com as duas coisas”, afirma o suplente. Júlio acrescenta que não irá reivindicar o cargo no Legislativo, por não saber se “tem direito”. “Sou só suplente, ele é assessor do prefeito e vereador. Só assumo se ele quiser. Não vou correr atrás nem sei se ele pode ser as duas coisas”.
No entanto, Marinho nega que tenha posto na prefeitura. “Não tem isso. Sou vereador. Converso com o prefeito sobre algumas questões, o que é uma das funções de um vereador”, destacou. “Também não me considero secretário voluntário. Ou você é ou você não é”, completou.