(RENATO COBUCCI/ARQUIVO HOJE EM DIA)
A campanha eleitoral no segundo turno em Contagem, na Região Metropolitana, foi marcada pelo crescimento de uma coligação e o esvaziamento da outra.
No primeiro turno, o candidato do PCdoB, deputado estadual Carlin Moura, tinha sete partidos em sua chapa, número que subiu para 20 nas últimas duas semanas.
O comunista também recebeu apoio de diversas lideranças políticas que estiveram presentes em seu palanque. Entre eles, o governador Antonio Anastasia (PSDB), o prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), os senadores de Minas Clésio Andrade (PMDB) e Zezé Perrela (PSDB), e o senador do Ceará Inácio Arruda (PCdoB).
Além disso, o senador Aécio Neves (PSDB) gravou um vídeo para o programa de rádio e TV de Carlin. Ele também firmou aliança com o candidato derrotado no primeiro turno, deputado federal George Hilton (PRB).
Enfraquecimento
O candidato do PT, deputado estadual Durval Ângelo, teve um segundo turno marcado pelo enfraquecimento de sua chapa. Dos 12 partidos que integravam sua coligação no primeiro turno, sete passaram para o lado de Carlin Moura. Ele também chegou a procurar o PRB de George Hilton, mas teve o pedido de apoio recusado.
Por outro lado, representantes do PSDB fizeram proposta para que o petista declarasse nulidade para as eleições de 2014 entre troca de apoio. Durval rejeitou e os tucanos fecharam aliança com Carlin.
Lula e Dilma
Além de perder aliados na cidade, a campanha petista também não teve apoio das principais estrelas do partido.
O diretório municipal contava com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula no palanque de Durval. Entretanto, o convite não foi aceito devido a um acordo que previa a não interferência deles em municípios com candidaturas de dois partidos da base do Governo Federal.
Representantes do PT estadual reclamaram da postura de Dilma e Lula e disseram que eles estavam priorizando a disputa em São Paulo, deixando as cidades mineiras em segundo plano.
Marina
No primeiro turno, a ex-ministra Marina Silva esteve em Contagem para pedir votos para Durval. Ele foi o único candidato a prefeito em Minas que teve o apoio dela.
O petista chegou a dizer que, caso fosse para o segundo turno, Marina voltaria à cidade para reforçar a campanha dele, o que não ocorreu.