Semestre será decisivo no Senado para comissão que avalia Código do Consumidor

Agência Senado
06/01/2013 às 11:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:20

O primeiro semestre de 2013 deve ser de muito trabalho para os senadores da comissão formada para analisar propostas de atualização do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Com os prazos de conclusão já prorrogados, a comissão formada por 11 senadores deve entregar seu relatório final até 4 de junho.

A partir da entrega do relatório, caberá ao Plenário analisar e votar o projeto. Se aprovado, ainda passará pelo exame da Câmara dos Deputados.

De acordo com o presidente da comissão especial, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), já no início do ano serão retomadas as audiências públicas, tanto no Senado quanto nas capitais brasileiras.

"Esses encontros existem para que seja ouvido todo o sistema que envolve as relações comerciais, desde as organizações que defendem o comprador e o vendedor até os representantes do setor produtivo e fornecedores", explicou o senador.

As propostas de atualização do CDC foram elaboradas por uma comissão de juristas nomeada pelo presidente do Senado, José Sarney. Os textos tratam do combate ao endividamento exagerado (PLS 283/2012), regras para o comércio eletrônico (PLS 281/2012) e ações coletivas e o acesso do consumidor à Justiça (PLS 282/2012).


Audiências

Em audiência pública realizada em outubro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin manifestaram posição semelhante à de Rollemberg, defendendo a ampliação de direitos sem mexer na “espinha dorsal” do código. Herman Benjamin foi o presidente da comissão de juristas que elaborou as propostas de atualização.

Numa segunda audiência, realizada em novembro, o especialista em relações de consumo Roberto Augusto Pfeiffer, procurador do Estado de São Paulo, informou que o faturamento em vendas pela internet chegou a R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2012 – 20% superior ao do mesmo período de 2011. Os órgãos de proteção ao consumidor receberam em média 86% a mais de queixas e, no caso de sites de compras coletivas, esse índice teve aumento de 400%, relatou.

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