Serra dá preferência a ‘agenda informal’

Bruno Boghossian
04/10/2012 às 10:30.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:48

Sem câmeras de TV, fotógrafos ou repórteres acompanhando seus passos, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, bateu papo com funcionários de uma loja de lingeries, comeu batatas fritas de um rapaz sem pedir licença, tomou um gole de cerveja em um botequim e andou de metrô pagando passagem. Nos últimos dias antes do primeiro turno da eleição em São Paulo, o tucano intensificou uma agenda de caminhadas discretas para tentar reforçar seu contato com os eleitores.

Enquanto os adversários Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT) travam uma batalha pública e trocam críticas entre si, o candidato tucano deixou que os ataques aos adversários ficassem restritos à propaganda eleitoral e a ações mais direcionadas, como a distribuição de panfletos pelo correio contra o candidato do PRB.

Nas últimas semanas, Serra passou a fazer breves passeios em ruas comerciais e feiras livres, sem divulgação para a imprensa ou para militantes. Em cada local, ele conversa com, no máximo, 50 pessoas: gasta tempo para pedir votos, explica propostas quando é confrontado e tenta movimentar a propaganda boca a boca nos bairros.

Veterano em disputas, Serra luta contra uma fama de mal-humorado e de candidato pouco afeito a fazer corpo a corpo.

A estratégia de sua equipe, agora, é tentar ampliar o contato direto entre Serra e os paulistanos nos bairros do centro expandido - onde o desempenho de candidatos do PSDB é tradicionalmente melhor. Os tucanos dizem não divulgar esses eventos para evitar aglomerações, o que permite que o candidato converse, abrace e peça votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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