O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vai recorrer da decisão judicial que determinou a apreensão de exemplares do jornal Folha Bancária, editado pelo sindicato, na noite de quinta-feira (4). Oficiais da Justiça Eleitoral apreenderam exemplares da publicação por suposta propaganda eleitoral indevida a Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura. "Vamos contestar e tentar suspender a busca e apreensão", disse o advogado do sindicato, Luiz Eduardo Greenhalgh, em nota distribuída à imprensa e veiculada no site do sindicato.
Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, a ação foi proposta por advogados do candidato tucano José Serra, com alegação de violação da legislação eleitoral. A decisão judicial proibiu a distribuição do jornal e determinou a retirada da versão online da publicação. A edição trazia reportagem sobre os candidatos Celso Russomanno (PRB), José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) e declarava o apoio da maioria da direção executiva da entidade ao petista.
A presidente do sindicato, Juvandia Moreira, afirmou em nota que os trabalhadores têm "direito a analisar as propostas dos candidatos". "Pode haver divergência, mas repudiamos a censura", afirmou a dirigente, que completou: "Não denegrimos a imagem de ninguém. Só não pudemos noticiar o plano de governo de um dos candidatos que não tem seu material divulgado nos sites oficiais da campanha".
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, também classificou a apreensão como censura. "Todos os veículos se expressam e respeitamos. Defendemos a liberdade de imprensa, o direito à livre manifestação e foi isso que colocamos em prática. É o nosso ponto de vista, podem concordar ou discordar, mas não censurar", disse.
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