A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal negou nesta terça-feira (15) um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) que tentava reverter o fatiamento da Operação "Lava Jato". Com a decisão, as investigações sobre corrupção na estatal Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, vão continuar sob a condução da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro e não voltam para as mãos do juiz Sérgio Moro, de Curitiba.
No recurso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, argumentava que havia identidade de provas, pessoas, empresas e partidos nos esquemas de cartel e corrupção na Petrobras e do caso que vem sendo chamado de "eletrolão" e que, por isso, deveria ser julgado por Moro. A investigação apura corrupção e propina nas obras da Usina Nuclear de Angra 3.
A discussão sobre o fatiamento havia sido suspensa após pedido de vista do ministro Dias Toffoli e foi retomada nesta terça-feira. Relator da "Lava Jato" no Supremo, o ministro Teori Zavascki havia votado contra o pedido da PGR, por entender que os dois casos não tinham conexão. Esse entendimento foi seguido por Toffoli e pela ministra Cármen Lúcia. Os dois outros ministros da Turma, Gilmar Mendes e Celso de Mello, votaram a favor do pedido de Janot.
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