STF mantém prisão do banqueiro André Esteves

Estadão Conteúdo
29/11/2015 às 19:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:08

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão temporária do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em preventiva, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, não há mais data de vencimento para a detenção do executivo. Sem a decisão de Zavascki, Esteves poderia ser solto a partir desta segunda-feira, 30, quando expirava o prazo de cinco dias da prisão temporária.

A mesma medida foi adotada também para o chefe de gabinete do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, o assessor Diogo Ferreira. Os dois foram presos na última quarta-feira, 25, por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. No caso de Delcídio e do advogado Edson Ribeiro, as prisões já eram preventivas desde o início.

Os quatro são suspeitos de tentar barrar as investigações sobre corrupção na Petrobras e comprar o silêncio de Nestor Cerveró. Em conversas gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Delcídio tenta comprar o silêncio do ex-dirigente da estatal para evitar menções a seu nome ou ao banco BTG Pactual em eventual delação premiada. As tratativas eram feitas com o advogado Edson Ribeiro, com participação do assessor do parlamentar.

De acordo com Zavascki, em nota divulgada pelo STF, os depoimentos prestados desde a realização das prisões e o material coletado em buscas "permitiram o preenchimento dos requisitos para a decretação das prisões preventivas". Pela legislação penal, a prisão preventiva pode ser decretada para garantir a ordem pública, conveniência da investigação criminal ou assegurar a aplicação da lei, quando há prova da existência do crime e indícios sobre o autor do delito.

A expectativa é de que Delcídio, Esteves, Diogo Ferreira e Edson Ribeiro sejam denunciados pela Procuradoria-Geral da República no início desta semana por tentativa de dificultar as investigações.
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