STF nega pedido e Bumlai deve voltar à prisão

Estadão Conteúdo
01/09/2016 às 16:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:39
 (Arquivo/Valter Campanato)

(Arquivo/Valter Campanato)

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação "Lava Jato" no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do pecuarista José Carlos Bumlai para que ele continue a cumprir a pena em casa.

Por causa de problemas de saúde, a volta à prisão de Bumlai foi adiada para o dia 6 de setembro. O pecuarista está internado em um hospital de São Paulo desde o dia 17 de agosto e deveria retornar para a prisão na terça-feira (30), mas ainda não recebeu alta.

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No habeas corpus impetrado, os advogados de Bumlai pediam para que ele continuasse a cumprir prisão domiciliar em razão do "estado indiscutivelmente debilitado do paciente".

Bumlai, de 71 anos, é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pecuarista é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblemático empréstimo de R$ 12 milhões da Schahin para o PT em 2004. Ele havia sido preso preventivamente, por ordem do juiz Sérgio Moro, em novembro de 2015, na Operação Passe Livre, desdobramento da "Lava Jato".

Moro, a pedido da defesa de Bumlai e contrariamente à manifestação do Ministério Público Federal, em março deste ano, concedeu prisão domiciliar para que o pecuarista tratasse um tumor na bexiga. Durante o tratamento, o pecuarista passou por uma cirurgia cardíaca e teve a prisão domiciliar ampliada até 19 de agosto.

A defesa de Bumlai pediu nova ampliação do prazo e a Procuradoria da República se manifestou de maneira contrária. Desta vez, porém, Moro negou a prorrogação da prisão domiciliar do pecuarista e ordenou que Bumlai se apresentasse à Polícia Federal. A volta de Bumlai vem sendo adiada em razão do seu estado de saúde. 

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