Rápido e letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de couraçados médios sobre rodas feitos para o Exército, entra nesta segunda-feira, 24 em operação. O primeiro lote de 13 unidades será entregue formalmente à Força, na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O Guarani, de certa forma, é o substituto de um veículo lendário, o robusto Urutu EE-11, transportador padrão de tropas no Brasil e em mais 18 países-clientes.
Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos 80, ainda permanece em uso regular.
A frota, recebida com cerimônia e presença de várias autoridades, é destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são consideradas "acima da média", pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Até 2022, ou pouco além, a procura mundial por essa classe de blindados será de 20 mil unidades, excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China - um mercado de US$ 30 bilhões. O primeiro comprador internacional do modelo é a Argentina - vai receber 14 deles.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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