Tela de apuração presidencial será aberta às 20h, afirma presidente do TSE

Agência Estado
26/10/2014 às 15:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:47
 (José Cruz/Agência Brasil)

(José Cruz/Agência Brasil)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, informou que não serão divulgadas apurações parciais do resultado da eleição presidencial até as 20h de hoje (horário de Brasília). Segundo ele, em respeito ao horário do Acre, os dados só serão liberados mais tarde. O fuso horário de Rio Branco (AC) está três horas atrás do de Brasília.

De acordo com o TSE, somente os dados do pleito para governador do Acre serão liberados parcialmente até a conclusão das apurações. 

O ministro destacou que, no segundo turno, houve um grande incremento no número de representações, uma vez que o TSE mudou sua jurisprudência e decidiu que ataques não seriam mais tolerados - somente o debate de propostas nas propagandas de rádio e  televisão.

No entanto, como as coligações entraram em acordo e abriram mão das representações, a situação jurídica se resolveu. "Houve aumento nas representações, mas no final as coligações desistiram. Do ponto de vista de julgamento em plenário foram as eleições mais tranquilas dos últimos tempos."

Na entrevista, o ministro também afirmou que a votação neste domingo está correndo com tranquilidade, com ocorrências de crimes eleitorais e substituição de urnas eletrônicas dentro da média de outros pleitos.

Em relação ao eleitor que foi morto a tiros dentro de uma escola em Mossoró (RN), Toffoli disse que o crime foi comum e que não tinha relação com a disputa eleitoral.

Toffoli disse também que os boatos sobre a morte do doleiro Alberto Youssef, sob custódia da Polícia Federal, não têm relação com as eleições e não afetam o pleito. Segundo ele, se alguém se sentir prejudicado por boatos, deve "provocar a Justiça eleitoral". "Não cabe à Justiça tomar medidas sobre boatos", acrescentou. Youssef está sob custódia do Estado e só o poder Executivo pode dar informações sobre ele. "O TSE não é o âmbito para responder sobre custódia de alguém que não está sob sua jurisdição", argumentou.   O doleiro, delator de um suposto esquema de corrupção na Petrobras, passou mal na manhã do sábado (25) e foi transferido da superintendência da PF no Paraná, onde está preso, para a UTI do hospital Santa Cruz, em Curitiba. Entre ontem e hoje, no entanto, uma série de boatos sobre a morte de Youssef circulou nas redes sociais. O doleiro está vivo e fora de perigo.   A PF informou que Youssef teve "forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica". Esta é a terceira vez que ele necessita de atendimento médico de urgência após sua prisão pela Operação Lava Jato.   Biometria    Ainda não houve problemas com a identificação biométrica no País. "As falhas de biometria no primeiro turno eram pontuais, se superaram as dificuldades. A eleição está ocorrendo de maneira tranquila", disse o ministro.   Toffoli informou que houve uma urna que foi incendiada em Porteirinha (MG). Segundo ele, o autor do crime foi preso e responderá por ele após a eleição. A urna danificada foi substituída por outra, também eletrônica. "A urna foi trocada por uma de contingência em MG. Depois haverá eventual ação penal", disse. Em todo o País, 425 urnas biométricas foram substituídas, o equivalente a 0,58% das que têm o novo método de identificação.   Segundo o presidente do TSE, as urnas eletrônicas estão funcionando bem e não há nenhuma seção eleitoral usando cédulas de papel. "Ao contrário de outros países, no Brasil foi a própria Justiça eleitoral que desenvolveu o processo e o software. A única coisa que se compra é o equipamento, não somos fábricas. Tudo foi desenvolvido internamente no tribunal", observou.   O ministro ainda relatou que nestas eleições houve proporcionalmente um aumento de representações, mas as coligações desistiram de levá-las adiante. "Do ponto de vista de julgamento em plenário, essa foi a eleição mais tranquila dos últimos tempos", afirmou. O ministro corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), João Otávio de Noronha, reforçou a avaliação de Toffoli sobre o pleito. "Não tivemos problemas com biometria no País", disse. 
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