O presidente Michel Temer embarcou na manhã desta terça-feira, 29, para a China, onde participa de reunião bilateral com o presidente Xi Jinping, em Pequim, e depois participa na cidade de Xiamen da 9ª Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente fará uma parada em Lisboa ainda nesta terça para depois seguir viagem.
Na comitiva de Temer, estão os ministros Maurício Quintella (Transportes), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social). Os ministros Blairo Maggi (Agricultura), Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Dyogo Oliveira (Planejamento) não embarcaram junto com o presidente, mas também integrarão a comitiva presidencial.
Entre os parlamentares, embarcaram o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), Beto Mansur (PRB-SP), Carlos Marun (PMDB-MS), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Rogério Rosso (PSD-DF), Mauro Pereira (PMDB-RS), Fausto Pinato (PP-SP), Mauro Lopes (PMDB-MG), José Reinaldo (PSB-MA) e Fabio Garcia (PSB-MT).
O titular da Fazenda, Henrique Meirelles, e os ministros palacianos Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral) permaneceram no Brasil para cuidar de assuntos de interesse do governo.
Nesta segunda-feira, 28, em reunião ministerial, o presidente pediu empenho e unidade da equipe e solicitou que todos preparem uma espécie de portfólio das ações positivas de cada pasta, para vencer a crise política. A ideia é fazer propaganda dos "resultados" nos últimos 15 meses.
Temer embarcou com a indefinição a respeito de uma nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na segunda, após a reunião ministerial Padilha tentou minimizar o impacto da provável futura acusação. "Se vier uma nova denúncia, por certo nós estaremos preparados para enfrentá-la no campo político e jurídico", argumentou o chefe da Casa Civil, repetindo palavras do presidente, que, a portas fechadas, tentou passar uma mensagem de otimismo aos auxiliares, sob o argumento de que as acusações contra ele são "inconsistentes". O presidente embarca de volta ao Brasil no dia 5 de setembro.
Substituto
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume a Presidência enquanto Temer estiver fora do País. Os dois conversaram nos últimos dias para acertar o andamento dos trabalhos na ausência de Temer. Nesta segunda, Maia e Temer também estiveram com o deputado André Fufuca (PP-MA), de apenas 28 anos, que vai comandar a Câmara no lugar de Maia, já que Fábio Ramalho (PMDB-MG), que seria o sucessor natural integra a comitiva de Temer para a China. Antes de embarcar, Temer recebeu Maia e Fufuca na base aérea, onde transmitiu o cargo e posou para fotos oficiais.
Nesta semana, o governo espera realizar votações importantes no Congresso, como a aprovação do projeto que altera as metas fiscais de 2017 e 2018 e a conclusão da votação, na Câmara, da Medida Provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), nova taxa de juros para empréstimos do BNDES. O Planalto também espera avançar com a discussão sobre o programa de parcelamento de débitos tributários, o Refis.
Na agenda de Maia, só há compromissos na parte da tarde. Às 18h, no Palácio do Planalto, o presidente interino recebe o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). À noite, às 20h, na residência oficial da Câmara dos Deputados, Maia oferece jantar ao governador Marconi Perillo. ()