O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, 11, estar convencido que a convenção do PMDB não será antecipada de junho para abril ou maio, como querem alguns dirigentes do partido. Segundo o vice-presidente, este movimento já foi mais forte, e agora, arrefeceu. Para Temer, "não cabe ao PMDB fazer este tipo de ameaça", acrescentando que o partido "não pode usar convenção para fazer ameaças" ao apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e ao PT.
Segundo ele, se convenção for antecipada, "tem de ser pra valer", ou seja, a decisão deve ser definitiva e não seria realizada uma nova reunião da direção peemedebista para uma segunda decisão diferente. Temer está convencido que a manutenção da aliança entre PMDB e PT será reeditada para 2014, para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, embora reconheça que, em muitos Estados, os dois partidos estarão em palanques separados, inicialmente.
Em café da manhã com jornalistas, Temer falou do poder político do PMDB e avisou que o partido terá candidato ao Planalto em 2018. "Eduardo Paes é um bom nome", disse ele, sem querer cravar que este poderia ser mesmo o candidato. Ele ressalvou o seu espanto com a situação do atual prefeito do Rio e do governador Sérgio Cabral, que tinham bons índices de aprovação. "Não entendi o que aconteceu com eles", comentou Temer, ao citar a queda nas pesquisas. Ele garantiu que o vice-governador Luiz Fernando Pezão será mesmo candidato ao governo do Estado. De acordo com Temer, "foi muito difícil", mas PT e PMDB permanecem juntos até março no governo.
"Me incomoda quando dizem que o PMDB não tem poder político", queixou-se Temer, ao listar que, além da vice-presidência da República e as presidências da Câmara e do Senado, o partido tem um grande número de parlamentares, além de uma enorme capilaridade nos Estados, com governadores, deputados estaduais e vereadores.
Temer ressaltou que há Estados, como São Paulo, onde o PMDB "não poderá abrir mão" da sua candidatura ao governo local. Segundo ele, a candidatura de Paulo Skaf está garantida, até porque o partido quer construir "uma bancada forte". Ele lembrou, por exemplo, que a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita é importante porque ele ajuda a puxar votos e cadeiras no Congresso.
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