(Fernando Michel / Hoje em Dia)
Os ataques que a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro vem sofrendo não preocupam as autoridades mineiras quanto ao correto andamento das eleições neste domingo (2). É o que garante o Gabinete Institucional de Segurança, formado pelo Tribunal Regional Eleitoral e as forças de segurança de Minas Gerais.
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), o coordenador do gabinete, o juiz Paulo Tamburini, afirmou que o grupo realizou um levantamento de cenários para ter uma efetividade maior a possíveis ocorrências, sem especificar quais.
Questionado se as ações preventivas tinham relação com os ataques que a Justiça Eleitoral vem sofrendo, Tamburini negou que esse seja o motivo. “Não. Aqui em Minas nós não temos registro de um incidente desse tipo. O que se existe é uma matriz de risco, onde nós pegamos todas as ocorrências anteriores e traçamos um cenário. Não há absolutamente nenhuma novidade”, respondeu.
Juiz do TRE-MG Paulo Tamburini (Fernando Michel / Hoje em Dia)
O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), já deu diversas declarações que colocam as urnas eletrônicas sob suspeita. Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reforçou o combate às notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e fez parcerias com diversos meios de comunicação, incluindo as redes sociais, para divulgar a segurança do voto.
Durante a coletiva desta sexta, foi ressaltado, por diversas vezes, a necessidade de dar segurança aos eleitores no dia do pleito. Mas o gabinete garante que não há preocupação maior em relação às eleições anteriores.
Liberação de bebida
O TRE-MG não quis comentar sobre a liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas em Minas Gerais no horário de votação. Historicamente, a comercialização do produto era proibida no Estado.
Mas neste ano, o governo estadual atendeu a um pedido da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) e liberou o comércio de bebidas.
Questionado se isso traria mais preocupações com possíveis casos de violência, o juiz Paulo Tamburini se esquivou. “Não é uma competência do Tribunal Regional Eleitoral. Essa possibilidade foi colocada ao poder Executivo que deliberou que não editaria nenhuma normativa relacionada à venda de bebida alcoólica', disse.
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