Triângulo Mineiro tem 25% da verba do PAC moradia

Patrícia Scofield - Do Hoje em Dia
27/01/2013 às 07:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:13
 (Daniel Nunes/Divulgação)

(Daniel Nunes/Divulgação)

O Triângulo Mineiro foi o maior beneficiado, em 2012, do Programa Minha Casa, Minha Vida, “carro-chefe” do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), dentre todas as regiões de Minas Gerais.

Dados obtidos com exclusividade pelo Hoje em Dia junto ao Ministério das Cidades revelam que das 79 mil unidades habitacionais contratadas em 2012 no Estado, com custo estimado de R$ 5,6 bilhões, pouco mais de 20 mil moradias foram contratadas para cidades no Triângulo. Nesse caso, o total investido é de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Em relação às obras realizadas em áreas urbanas, para famílias com renda mensal de até R$ 1.600 – que se enquadram na faixa 1 do programa –, Ituiutaba foi a cidade que investiu o maior volume financeiro no ano passado. Foram pagos R$ 119,7 milhões para a contratação de 2.218 moradias.

Na faixa 2, que contempla famílias com orçamento mensal de até R$ 3.100, a cidade campeã em investimento foi Uberlândia, com 7.115 casas contratadas. O custo dessa empreitada foi de R$ 599 milhões.

O município também lidera o ranking das cidades que aplicaram o maior volume de dinheiro público em moradias para famílias com renda mensal de até R$ 5 mil, que se enquadram na faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida.

Nesse caso, o investimento ao longo de 2012 foi de aproximadamente R$ 160,6 milhões, destinados à construção de 1.671 casas.

No ranking das regiões beneficiadas pelo programa habitacional do governo federal, logo depois do Triângulo Mineiro estão a Região Metropolitana de Belo Horizonte e o Norte de Minas, que aplicaram, respectivamente, R$ 1,1 bilhão e R$ 371 milhões. Na Grande BH, foram contratadas 12.454 unidades habitacionais em 2012 e, no Norte do Estado, 6.187 moradias.

Déficit é mantido

O prefeito eleito em Ituiutaba, Luiz Pedro Corrêa (DEM), avalia o Minha Casa, Minha Vida como o “maior” programa habitacional do município, mas, para ele, ainda é preciso “fazer mais” para atender às demandas da população em ascensão econômica.

“Há muitos anos não se construíam residências conforme a necessidade, e hoje está sendo diferente, mas estamos ainda longe de zerar esse déficit”, afirma Corrêa.

Em relação à qualidade das obras já concluídas e entregues, o prefeito diz que o número de reclamações registradas pela administração municipal é “mínima”.

“Talvez tenha chegado até nós a reclamação de dez proprietários. Mesmo assim, foram problemas simples e as empresas responsáveis solucionaram de imediato”, acrescenta.

O Hoje em Dia tentou contato com o prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT), mas não recebeu o retorno da Assessoria de Comunicação da prefeitura até o fechamento desta edição.

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