Troca de governo tira caciques do poder e abre espaço para articulações

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
22/12/2014 às 07:58.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

Sem cargo a partir de janeiro, três das principais lideranças políticas do grupo do senador Aécio Neves em Minas vão se dedicar exclusivamente à articulação política a partir do ano que vem.    É o caso de Alberto Pinto Coelho (PP), governador, Dinis Pinheiro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, e Danilo de Castro, secretário de Governo.   Depois de 20 anos ocupando cargos eletivos, Alberto assumirá de vez a tarefa de presidente estadual do PP.    De estilo discreto, mas ao mesmo tempo agregador, terá como missão manter relações políticas com 69 prefeitos, cinco deputados estaduais e quatro deputados federais.    Derrotado nas urnas, Dinis, que tem o nome ventilado para disputar a prefeitura da capital, atuará na região metropolitana da capital. Cotado para compor o primeiro escalão do governo Marcio Lacerda (PSB), o secretário Danilo de Castro (PSDB), não vai mais para a Prefeitura de Belo Horizonte.   Em reunião com o ex-governador e senador eleito Antonio Anastasia (PSDB), realizada na última quinta-feira, ficou decido que Danilo será responsável pela estrutura partidária tucana.    Homem forte desde os tempos do Palácio da Liberdade há 12 anos, Danilo é o principal articulador político do grupo tucano junto aos aliados do interior.   Já a secretária Renata Vilhena aceitou convite feito pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e irá assumir um posto no primeiro escalão no Distrito Federal.    Ana Lúcia Gazzola também foi chamada por Rollemberg, mas não quis assumir a secretaria de Educação por motivos pessoais.   Equipe de Pimentel tem perfil político e já está formatada   Com perfil político, a nova equipe do governador eleito Fernando Pimentel (PT) já está formatada. De olho na disputa eleitoral de 2016, o PMDB é o aliado que saiu mais fortalecido.   Indicado pelo vice-governador Antônio Andrade, João Cruz Reis Filho, lotado no Ministério da Agricultura, vai para secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. João Cruz é um dos poucos com perfil técnico.    Filho do ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite, o deputado estadual Tadeu Leite (PMDB) irá para o Turismo e Esportes. Mais tarde a pasta será desmembrada em duas para abrigar aliados do PCdoB.   Crítico ferrenho do governo nos últimos 12 anos, o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) será o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.   Os parlamentares petistas Miguel Corrêa Júnior, Odair Cunha e André Quintão vão para Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Governo e Trabalho e Desenvolvimento Social, respectivamente.    A indicação de Quintão contempla o grupo político do deputado federal Patrus Ananias (PT), que concorre junto com Miguel pela candidatura petista à prefeitura da capital em 2016. Helvécio Magalhães, que será secretário de Planejamento, é a terceira via na sucessão de Marcio Lacerda (PSB).   Além de cargos no primeiro escalão, o PMDB conquistou o comando da Assembleia Legislativa. Adalclever Lopes (PMDB) será o presidente da Casa.   O atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, ex-diretor do BNDES, está praticamente certo na presidência da Cemig.   Para a Copasa, Paulo Moura, ex-secretário de Pimentel na prefeitura, é o mais cotado. Mas o destino também pode ser a pasta de Desenvolvimento Econômico. Na Fhemig, o indicado é Jorge Nahas, ex-secretário da PBH.   Na Codemig, o nome ventilado é o de Marco Antônio Castello Branco, que teve passagem conturbada pela Usiminas. Castello Branco pode, no entanto, ser indicado para o Desenvolvimento Econômico.   Defensor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 no Congresso Nacional, o deputado Bernardo Santana (PR) será o novo secretário de Defesa Social. Santana    A PEC 37 previa, entre outras coisas, vetar o poder de investigação do Ministério Público (MP). A medida não foi aprovada. Para compensar a indicação política, especula-se que o secretário-adjunto saia dos quadros das polícias civil ou federal.

© Copyright 2025Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por