Tucano pede mandatos dos vereadores Pablito e Léo Burguês por infidelidade partidária

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
20/11/2013 às 17:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:16

Depois de os comandos do PR e o PSDB na capital terem recuado de pedir os mandatos do presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês (PTdoB) e do vereador Pablito (PV), por infidelidade partidária, nesta quarta-feira (20), o segundo suplente tucano, ex-vereador Antonio Pinheiro, retomou a polêmica e protocolou requerimento na Justiça Eleitoral.

Burguês e Pablito se desfiliaram do PSDB em meados de setembro, sob a alegação de “falta de espaço” na sigla, para tentar viabilizar candidaturas nas eleições de 2014. "Ele (Burguês) e o Pablito estão alegando que não tinham espaço no partido, por isso saíram, mas é para se lançarem deputados em 2014", afirmou Antonio Pinheiro.

“Estou insistindo nesta história com base em uma declaração do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele disse em uma entrevista que uma pessoa que sai de um partido para se filiar a outro ainda em formação não perde o mandato, mas se sai de uma legenda par ingressar em outra já constituído, perde sim o mandato”, disse o ex-vereador tucano. “O governador Antonio Anastasia (PSDB) e o ex-prefeito Pimenta da Veiga (PSDB) chegaram a pedir para Léo e Pablito não saírem, mas eles se desligaram sem dar satisfação nenhuma”, acrescentou.

O segundo suplente ainda lamentou a atitude dos políticos em relação ao partido. "Infelizmente, os políticos nossos, hoje, se peocupam com o voto, apenas. Apesar de eu considerar o Léo Burguês por exemplo, um dos melhores nomes que a gente tinha no PSDB, não foi muito elegante o que ele fez. Saiu sem dar satisfação ao partido, não nos consultou, acha que é dono do partido".

Outra petição deverá ser apresentada ainda nesta semana pelo primeiro suplente tucano, Reinaldo Oliveira Batista, conhecido como Reinaldinho.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), a petição será automaticamente distribuída a um juiz eleitoral, que deverá decidir se serão necessários novos documentos e se os envolvidos serão citados.

O Hoje em Dia tentou contato com Pablito, que não retornou às ligações, e com Burguês, que informou, via assessoria, que não foi citado. Ele (Burguês) disse também assim que for, irá encaminhar a demanda aos advogados dele.

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