O líder da minoria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gustavo Valadares (PSDB), foi escalado pelo partido para contrapor os dados e as declarações do governo sobre a gestão tucana passada. Valadares não vê contradição entre o déficit orçamentário deixado pelo governo do PSDB em Minas e a chamada política de “déficit zero”, parte do chamado “choque de gestão” implementado pelos tucanos no Estado. “O choque de gestão é copiado por diversos governos estaduais. Até mesmo por órgãos federais, como o BNDES”, afirmou. Ele aponta a política macroeconômica federal como responsável pelo período de dificuldades nas contas públicas. Sobre os dados relativos ao déficit carcerário em Minas(34 mil vagas), ele sustentou que, quando o PSDB assumiu o governo eram 5 mil vagas e, quando deixou, eram mais de 30 mil. Em relação à situação da educação, onde apenas 26% das escolas estariam em boa situação, ele rebate apontando R$ 740 milhões em investimentos entre 2011 e 2014, com 2.400 inaugurações de escolas. Outro dado do diagnóstico do Estado divulgado ontem diz que a Polícia Militar possui 11.265 viaturas, porém 4.562 estão fora de circulação por falta de manutenção. Valadares afirma que a gestão tucana aumentou em 84% a frota da PM. Sobre a redução de leitos do SUS em Minas Gerais, de 2006 a 2015, que chegaria a 4.980, ele disse não ter em mãos dados para indicar as razões de isso ter ocorrido. Os ex-governadores de Minas, Aécio Neves (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP) foram procurados e não se manifestaram. O ex-secretário da Fazenda, Leonardo Colombini, disse que não vai comentar o assunto porque não trabalha mais no governo.