(ADRIANA SPACA/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
SÃO PAULO - Um dia depois de o PSDB acusar a presidente Dilma Rousseff (PT) de usar a máquina pública para atacar a oposição, ela e o governador tucano Geraldo Alckmin trocaram elogios em um evento em São Paulo.
Em seu discurso, Alckmin afirmou que a presença de Dilma "alegrava" o governo e enalteceu parcerias entre o Estado e a União. "São Paulo é parceiro do Brasil. Conte conosco, presidenta", afirmou, ao lado da petista.
Dilma, por sua vez, tratou Alckmin como "parceiro". "Nós sabemos que determinados desafios a gente consegue responder melhor quando fazemos em conjunto e fazemos juntos."
Os dois participaram, na sede do governo paulista, do lançamento do projeto do Centro Paralímpico Brasileiro, que funcionará em São Paulo. O centro é uma parceria da União, do Estado e da Prefeitura de São Paulo, comandada por Fernando Haddad (PT), que também estava presente.
Ainda na tarde desta sexta-feira, em Itaquera (zona leste), Dilma vai inaugurar 300 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, entregar 84 ambulâncias e receber de Haddad terrenos para a construção de uma universidade e um instituto federal.
Ataques
Na quinta-feira (24), tucanos reagiram ao pronunciamento de rádio e televisão de Dilma, que anunciou no dia anterior uma redução maior na tarifa de energia.
Segundo os tucanos, a petista cometeu a "mais agressiva utilização do poder público" para lançar sua candidatura à reeleição.
Segundo nota divulgada pelo presidente tucano, deputado Sérgio Guerra (PE), Dilma faltou com a verdade ao longo dos mais de oito minutos de fala, ultrapassou "um limite perigoso para a sobrevivência da jovem democracia brasileira" e dividiu o Brasil entre "nós e eles".