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O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto afirmou nesta quinta feira (7) que não há ilegalidade no repasse de R$ 250 mil que fez em favor de seu irmão, o zelador Antônio Carlos Vaccari, que comprou uma casa no valor de R$ 300 mil no município de Bastos, interior de São Paulo.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar suposto crime de lavagem de dinheiro. A Polícia suspeita que o ex-tesoureiro do PT lavou dinheiro com a compra do imóvel. O irmão de Vaccari ganha salário de R$ 1 mil por mês.
Para o delegado Sandro Resina Simões a operação pode caracterizar lavagem de dinheiro. O caso foi enviado nesta quarta-feira (6), para a Polícia Federal em Curitiba (PR), onde o ex-tesoureiro está preso por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito da Petrobras.
Em nota, a defesa de João Vaccari Neto rebateu que a operação seja ilícita. O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende Vaccari, declarou que "tudo está absolutamente legal". Segundo D'Urso, o ex-tesoureiro do PT "tem caixa suficiente para essa operação, fruto de recebimento pelo seu trabalho".
O criminalista destaca que em depoimento do próprio Antônio Carlos Vaccari, perante a Polícia Civil de Bastos, ele disse que recebeu R$ 80 mil de seu irmão, João Vaccari Neto, "que adquiriu sua parte na propriedade de uma casa deixada em herança pela mãe deles".
O valor restante, R$ 170 mil, "João Vaccari Neto transferiu a seu irmão por via bancária".
"Não há qualquer sombra de dúvida quanto à origem lícita desses recursos", crava Luiz Flávio Borges D'Urso.
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