Projeto foi rejeitado por 30 votos a 10 na Câmara Municipal
Proposta que prevê a gratuidade do transporte público em BH, independentemente da linha, do horário, da idade e condição financeira do usuário, foi vetada pela Câmara Municipal (Maurício Vieira/Hoje em Dia)
O Projeto de Lei (PL) da Tarifa Zero foi rejeitado pela Câmara Municipal de Belo Horizonte por 30 votos a 10 nesta sexta-feira (3). A proposta previa a gratuidade nos ônibus da capital, independentemente da linha, do horário, da idade e condição financeira do usuário.
Wanderley Porto (PRD) foi um dos vereadores que votou contra. O parlamentar, que inicialmente assinou o projeto, alegou ter voltado atrás ao acompanhar as reuniões sobre a proposta e concluir que a medida não é viável.
“Não é possível que quem emprega mais de 10 pessoas tenha que arcar com uma taxa extra. Isso geraria desemprego e fuga de CNPJs da cidade. Não justifica aprovar um projeto por ele ser populista e, por isso, comprometer as contas municipais”, disse o parlamentar.
A vereadora Juhlia Santos (Psol), que votou favorável à gratuidade do transporte público, reconheceu a derrota na Câmara Municipal nesta sexta, mas destacou o engajamento popular em torno da pauta como um resultado positivo.
“A população de Belo Horizonte acordou para a participação popular das discussões dessa casa. Queria saber como os vereadores que votaram contra o povo de BH vão voltar para as suas bases, que precisam do transporte público para trabalhar, e dizer que se acovardaram”, disse Juhlia Santos.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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