O primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o economista Joaquim Levy é o "mais completo" para comandar o Ministério da Fazenda no próximo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Viana faz coro ao líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), que também saiu em defesa do novo primeiro escalão de Dilma, em especial de Levy, que vinha sendo bombardeado nos bastidores pelo partido.
"Foram vocês que noticiaram que ela estava convidando o (Luiz Carlos) Trabuco, que ela estava se especulando com o (Henrique) Meirelles. O Joaquim Levy é mais completo. Ele não é um banqueiro, é uma pessoa que veio do mundo da economia e tem um contato com a vida real, foi secretário e, no caso dele, eu acho que é mais completo do que os outros", afirmou.
Para Jorge Viana, se confirmado, Levy poderá cumprir o papel de trazer de volta o equilíbrio das contas públicas, mas "essencialmente" resgatar a confiança do investidor brasileiro. Ele disse que o país não pode continuar no caminho em que somente o setor público faz investimentos. "Temos que ter o setor privado para investir e eu acho que uma equipe com esse perfil pode levar a isso", destacou.
Questionado se Levy não lembra o governo de Fernando Henrique Cardoso, do qual participou, o petista rebateu, dizendo que a escolha dele lembra a gestão Lula, do qual foi secretário do Tesouro Nacional. Viana disse que ele integrou a equipe, juntamente com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que fez a "correção dos rumos" do País da época FHC. Ele exaltou o currículo invejável de Levy, que, além da formação acadêmica, teve vivência no Executivo.
"Penso que confirmado este nome, o Ministério da Fazenda vai estar em boas mãos", disse Viana, que também elogiou a eventual indicação do nome do economista Nelson Barbosa para o Planejamento. Mesmo comentando o nome de outros indicados, o petista não quis tecer comentário sobre a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. A peemedebista tem sido alvo de críticas dentro do PT.
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