Volume de prisões da Polícia Federal diminui com Dilma

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
23/07/2013 às 06:59.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:17

O número de prisões efetuadas pela Polícia Federal sofreu redução significativa desde o fim do governo Lula, em 2010, e segue em queda nos dois anos e meio do governo Dilma Rousseff (PT). A mudança se deu sem redução no número de operações feitas pela PF, que variam em torno de 200 por ano.

Entre 2006 e 2011, a instituição prendeu de 2.500 a 2.800 pessoas por ano. No primeiro ano do governo Dilma, em 2011, esse número caiu para 2.089 prisões. Em 2012, foram 1.660 e, em 2013, já ultrapassando a metade do ano, foram registradas 604 até o momento.

Delegados, agentes, escrivães e papiloscopistas divergem sobre as motivações da queda. Os delegados alegam o aumento da exigência para pedir prisões cautelares, proposta pela lei nº 12.403/11. Os policiais alegam o sucateamento, evasão e assédio moral pela chefia da PF.

Para o presidente da Associação Nacional dos delegados da PF (ADPF), Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, a lei das cautelares criou uma série de filtros que dificultaram os pedidos de prisão. “O pedido de prisão cautelar agora tem que ser mais fundamentado”, acrescentou. Antigamente prendia-se para ouvir a pessoa. Atualmente, com a condução coercitiva, a pessoa comparece para dar explicações mas não fica presa.

“De maio de 2011 para hoje, a realidade que a gente tinha no governo Lula mudou. Os juízes ficaram mais rigorosos, não concedem as prisões pedidas pela PF e, às vezes, o Ministério Público dá parecer contrário. Com certeza esse é o maior fator para a queda do número de prisões”. 

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