Votação de fator previdenciário pode ser adiada

Denise Madueño e Débora Álvares
21/11/2012 às 08:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:27

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), sentiu a pressão do governo e recuou na determinação de colocar em votação na sessão desta quarta-feira o projeto que acaba com o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias dos trabalhadores da iniciativa privada, vinculados ao INSS. O projeto estava na pauta da semana já distribuída, mas o presidente da Câmara afirmou não saber ainda se realmente a proposta constará na sessão, porque ainda não há acordo. As centrais sindicais pressionam para a votação.

"Não queremos votar por votar. Nós queremos votar sem que haja perspectiva de veto para que ele se transforme em realidade", afirmou Maia, na noite desta terça-feira. Ele disse que votar apenas por votar seria enganar o trabalhador. Nesta quarta-feira, está prevista uma manifestação de sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Câmara a favor da votação do projeto. Nesta terça-feira, manifestantes da Força Sindical fizeram um ato pela aprovação do projeto.

A proposta acaba com o fator previdenciário e cria a fórmula 85/95. O fator previdenciário é o mecanismo usado para calcular o valor das aposentadorias que leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida do trabalhador. O mecanismo faz com que o empregado tenha de trabalhar mais tempo se quiser o benefício no valor do teto - R$ 3,9 mil. Pela fórmula 85/95, o trabalhador tem direito ao teto da aposentadoria quando a soma da idade e do tempo de contribuição for 85 (mulheres) e 95 (homens).
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