Zema chama metrô de BH de ‘elefante branco’ e diz que servidores não têm o que temer
(Rede Social/Reprodução)
O governador Romeu Zema (Novo) classificou o metrô de Belo Horizonte como um "elefante branco", que provoca grandes prejuízos ao Estado e que, com a privatização, receberá investimentos e será ampliado.
"Nós tivemos o leilão do metrô de Belo Horizonte no dia 22 de dezembro, na Bolsa de Valores de São Paulo, eu fiz questão de estar presente lá, e, lembrando que a empresa que assumiu o metrô assumiu uma operação que, hoje, dá um prejuízo de mais de R$ 300 milhões por ano. É um elefante branco, mas devido aos novos investimentos que tanto o governo federal quanto o estado irão fazer, R$ 2,8 bilhões do governo federal e R$ 340 milhões por parte do governo de Minas, as linhas serão ampliadas", disse o governador durante entrevista ao programa Bom Dia Minas, da TV Globo.
Conforme o chefe do executivo estadual, as obras começam ainda este ano. "A linha 1 já existente que você mencionou passará por melhorias, os trens serão mais confortáveis, terão um tempo menor entre cada vez que eles passam nas estações melhorando o serviço ao usuário e a previsão é que até meados do ano, ou seja, seis meses, as obras, as melhorias comecem a acontecer para que usa esse tipo de transporte", disse.
Com relação aos servidores concursados, que fizeram greve durante o processo de concessão à iniciativa privada, o governador disse que eles não devem temer. "Eu quero deixar aqui um recado de otimismo para eles. Eu acho que eles não têm o que temer. Eles estavam em uma empresa deficitária que dava prejuízo. Você quer trabalhar em uma empresa assim ou me uma empresa que vai investir nos próximo cinco, seis anos, quase R$ 3,5 bilhões, criando oportunidades para outros profissionais e, com certeza, quer manter todos aqueles que são bons. Só não terá oportunidade aquele que não está entregando nada. Então é uma empresa que vai crescer, que vai criar oportunidades".
A privatização do metrô de Belo Horizonte teve um novo capítulo no dia 22 de dezembro, qando a linha de trens de transporte de passageiros da capital foi concedida ao Grupo Comporte Participações SA, que arrematou o serviço com a proposta de R$ 25.755.111. Ela foi a única a realizar oferta no certame. Atualmente, o metrô de BH possui 19 estações.
Outras obras
Durante entrevista ao programa global, Zema ainda falou sobre outro temas, como o Rodoanel, Aeroporto da Pampulha e Mineirinho. "Belo Horizonte vai passar por uma revolução. Não é só o metrô. Nós temos também, dentro de um ano, as obras também já estarão iniciadas do Rodoanel. Nós temos hoje o anel viário com acidentes, com óbitos regularmente. Então, Belo Horizonte, estará recebendo investimentos como nunca recebeu na história. Além desses dois, nós tivemos recentemente a concessão do Mineirinho, do Aeroporto da Pampulha, do terminal rodoviário. Quem faz uso dessas instalações já começa a ver mudanças e melhorias para quem? Para quem usa, para quem é o pagador de impostos".