(Divulgação redes sociais - Paulo Guedes)
O governador Romeu Zema (Novo) colocou a culpa da violência política no discurso da "divisão de classes" e evitou falar em punições ou ações para evitar o crescimento do radicalismo eleitoral na véspera do pleito.
O pronunciamento de Zema veio após o deputado federal mineiro Paulo Guedes (PT), candidato à reeleição, sofrer um ataque a tiros de um policial militar que estava de folga.
"Sou contrário ao discurso de divisão de classes, o 'nós contra eles'. Quem divide pra chegar ao poder, alimenta o ódio. É preciso manter a paz, também nas eleições", escreveu o governador em sua rede social. Procurada, a assessoria de Zema disse que a publicação corresponde à opinião dele.
Também por meio das redes sociais, o candidato Paulo Guedes, vítima do ataque, cobrou ação mais efetiva do governador. "A inércia e o silêncio do governador Romeu Zema diante de um ataque tão grave a um parlamentar de seu Estado são estarrecedores", questionou.
Na noite desse domingo (25), na porta da delegacia para onde foi levado o militar suspeito dos ataques, o deputado fez uma série de publicações exigindo a prisão do PM.
Oficialmente, o governo do Estado informou que o ataque será investigado pela Polícia Federal, conforme prevê a lei em casos como esse.
Por sua vez, a Polícia Militar afirmou que o agente envolvido foi preso e a arma dele recolhida para investigações.
"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informa que, logo que tomou conhecimento dos fatos, prendeu o militar suspeito de efetuar disparos, apreendeu a arma e deslocou até a Polícia Federal para medidas subsequentes. A PMMG informa, ainda, que tomou todas as medidas legais e a Corregedoria da instituição acompanha o caso", respondeu a corporação em nota.
O presidente do PT em Minas, deputado estadual Cristiano Silveira (PT), se manifestou ainda na noite de domingo, também nas redes sociais. Ele disse que "todo ódio e violência precisam acabar".
O deputado federal Reginaldo Lopes, coordenador da campanha do Lula em Minas, também se solidarizou com o colega Paulo Guedes. "O que aconteceu ontem foi muito sério. A violência política no Brasil precisa ser vista com mais atenção pela sociedade. Tentaram matar um deputado do PT. Esse crime não pode ficar impune", afirmou o líder do partido na Câmara dos Deputados.
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