(Bruno Cantini/Divulgação)
O governador Romeu Zema (Novo) avaliou como "pouco provável" um apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) para o Senado, nesta quinta-feira (28). A fala vem um dia após o atual deputado federal mineiro admitir que pode disputar uma vaga à câmara alta do Congresso nas eleições de outubro.
De acordo com Zema, o partido já assumiu um compromisso de apoio com o deputado federal Marcelo Aro (PP) para ser o candidato da chapa ao Senado. "Da minha parte nós temos um compromisso assumido com o Aro e não vamos deixar, de forma alguma, esse acordo", disse em entrevista à Rádio Super, na manhã desta quinta-feira (28).
No entanto, o candidato à reeleição ao Governo de Minas, não descartou a aliança com Aécio Neves. Segundo Zema, um novo compromisso pode ser firmado, caso Marcelo Aro concorde em ceder o lugar para o ex-governador mineiro.
"Só se o Marcelo Aro concordar, o que eu acho pouco provável. Eu vejo que hoje o mais provável é que nós venhamos a caminhar com o Aro à candidato ao senado. Mas se ele falar que abre mão, aí é outra história", avalia.
Vice-governador
Em negociações recentes, o PSDB teria condicionado a liberação do jornalista Eduardo Costa (Cidadania) - federado ao PSDB - para integrar a chapa de Zema como vice, a indicação de Aécio para o Senado. Segundo Zema, o jornalista seria o nome ideal para contribuir com o fortalecimento da chapa, mas ressalta que vai acatar a decisão do partido tucano.
"Nós vamos acatar a decisão do partido. Se eles falarem não, paciência. Gostaríamos muito que o Eduardo Costa, uma pessoa muito preparada, que conhece muito BH e que pode contribuir [caso integre a chapa], mas depende do PSDB", disse.
O governador de Minas afirmou que na política “as decisões são feitas às 23h59 do último dia”. Agora, o Novo aguarda a reunião do colegiado da federação PSDB-Cidadania que se reunirá apenas em 5 de agosto para decidir os rumos da chapa.
“À medida que o cenário vai ficando mais visível, mais próximo, as pessoas vão optando por posições que julgam ser as melhores. Então, é a política como ela funciona aqui em Minas, como funciona no Brasil. Vamos aguardar que em breve nós teremos o nome”, afirmou.