(Arte HD)
Independentemente do desempenho apresentado, os principais nomes citados na pesquisa do INSTITUTO HD DATA de intenção de voto para as eleições 2022, divulgada nos dois últimos dias, preferiram a cautela ao analisar os resultados.
“Ainda está muito cedo, pois o cenário de agora pode ser outro no momento eleitoral. Ainda existem alguns posicionamentos, em relação à definição dos candidatos por exemplo, que podem mudar todo este cenário”, destaca o senador Carlos Viana, que disputa a indicação como candidato do PSD ao governo de Minas com o prefeito de BH, Alexandre Kalil.
Pelo levantamento, ambos perderiam a eleição, caso o pleito fosse hoje, em um confronto com o governador Romeu Zema (Novo). Na simulação com Viana, o senador teria 3% contra 54% do atual governador, que venceria no primeiro turno. Já com Kalil como candidato, o prefeito fica com 28% contra 52% de Zema, que da mesma forma liquidaria no primeiro turno.
Procurado para falar sobre a vantagem na pesquisa, o chefe do Executivo mineiro respondeu, por meio de sua assessoria, que “o governador não está comentando os cenários da pesquisa”. A “muda” também foi a resposta dada pelo prefeito de BH. Por intermédio de sua assessoria, Kalil manifestou que “não comenta resultados de pesquisas eleitorais”.
Presidência
A pesquisa do HD DATA também mediu a preferência do eleitorado em relação à disputa nacional, apontando a preferência por Jair Bolsonaro em todos os cenários testados. Para o presidente do Progressistas em Minas, deputado federal Marcelo Aro, o resultado da pesquisa com Bolsonaro à frente de Lula na preferência do eleitorado mineiro supreendeu. O deputado, que é o líder do governo mineiro na bancada federal, falou ainda sobre as especulações em torno do seu nome para concorrer ao Senado ou mesmo ao cargo de vice-governador na chapa de Romeu Zema. "Estou à disposição do governador, mas meu foco agora é terminar meu mandato de deputado federal, ajudando Minas e o governo com muito trabalho e dedicação", afirmou o deputado. Arte HD / N/A
Pesquisa HD Data
Peso de Minas
Para o cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec, a liderança de Bolsonaro em Minas pode indicar uma direção à campanha do presidente, que poderia se fazer valer do alta adesão do eleitorado mineiro para tentar, com isso, equilibrar o cenário nacional frente ao ex-presidente Lula (PT). “O cenário desta pesquisa para Bolsonaro é favorável, pois estamos falando do segundo maior colégio eleitoral do Brasil, que é Minas Gerais, e que tem um peso importante no cenário eleitoral. Sabemos que uma vitória com uma margem importante de votos em Minas, como mostra a pesquisa, pode mudar o resultado em termos nacionais. Vimos isso em 2014,quando a então presidente Dilma derrotou Aécio Neves aqui e acabou revertendo uma derrota”, avaliou.
Procurado, o diretório estadual do PT não quis se manifestar. Em comunicado enviado pela assessoria do partido, a sigla preferiu não comentar os resultados da pesquisa.
Projeto HD DATA
A pesquisa de intenção de votos para governo do Estado e Presidência da República, divulgada nas edições de terça e quarta, é a primeira realizada pelo INSTITUTO HD DATA, em parceria com o Dataquest. O levantamento foi feito exclusivamente com eleitores do Estado de Minas Gerais. Segundo o diretor do Dataquest, Hermes Naves, a intenção é realizar novos levantamentos pelo menos de dois em dois meses, permitindo dessa forma a construção de uma análise comparativa.
No âmbito estadual, os resultados mostram o governador Romeu Zema (Novo) como favorito em todos os cenários apresentados, sempre com índices acima de 50% na preferência do eleitor. Em um deles, Zema lidera com 52% contra 28% do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na disputa de primeiro turno, evoluindo para 56% a 37% em um eventual segundo turno.
No caso da disputa nacional, a pesquisa aponta o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na frente em Minas. Em um dos cenários, ele surge como o preferido para 42%, contra 28% de seu principal oponente, o ex-presidente Lula (PT), seguido de Ciro Gomes (8%), Sérgio Moro (6%), Rodrigo Pacheco (5%), João Amoedo (4%), João Dória (2%) e Guilherme Boulos (1%).